Quantas vezes você já se deparou com a frase “como encontrar sua melhor versão”? Se você procura por consultoria de moda, imagem ou estilo, vai encontrá-la com certa facilidade. 

A ideia de um serviço que te entrega sua melhor versão é muito atrativa, e chega até a ser confortável – porque sua melhor versão já tem resolvidos todos os conflitos, desafios e questões que você encontra hoje. Mas qual é a melhor versão? E como se chega nessa resposta? 

Antes de tentar chegar na versão prometida, precisamos entender onde estamos e em que lugar ela existe. Como é essa sua melhor versão, e o que ela tem que te falta hoje?
A roupa tem um poder incrível, mas no fim, um casaco ou uma bota não são as únicas ferramentas que a gente tem pra se comunicar, se expressar e interagir com o mundo. Esse look, também pode não ser tudo aquilo que você sente falta para chegar no que imagina ser a ‘melhor versão’.

Por várias influências, ficamos com a ideia de que mudar o cabelo ou comprar aquela calça vai resolver vários aspectos da vida num passe de mágica – e quando não resolve, a gente se frustra. 

É aqui que o texto pode ficar um pouco desconfortável: estamos em constante transformação, e talvez você nunca chegue nessa melhor versão que imagina.  Pode ser que “a melhor versão” não seja um destino, um objetivo – mas o caminho, um jeito de agir e ver o mundo

Moda é uma ferramenta de comunicação muito importante! Pode te ajudar de forma estratégica a se aproximar da imagem que você busca, e influenciar em como as pessoas te reconhecem – mas é entender que roupa, por mais importante que a moda seja, é a sua roupa – e ela não define quem você é. Reduzir uma versão de alguém a roupa, é ignorar nuances, camadas, ferramentas e a complexidade que existe dentro de cada um de nós.

Trazendo isso pro universo da consultoria de moda, talvez esse papo de “encontrar sua melhor versão” seja você se aproximar em termos de estilo, daquilo que sempre foi ou quis transmitir. 

Passar por esse processo de olhar e entender o seu vestir pode ser um mergulho poderoso, transformador. Pode, sim, tocar outras questões e refletir em diferentes setores da vida – mas isso envolve tantas camadas e variáveis que não estão no nosso controle, que não me parece justa essa promessa. 

E talvez, a pergunta mais importante nessa conversa seja: aos olhos de quem ela é melhor? Quem avalia, define e determina como é a sua melhor versão?

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